15 de abril de 2012

Insonia Maternal


Para amar em verdade
é preciso antes amar a si
amar toda a sua luz, e toda a sua sombra
amar o seu próprio entardecer
amar o seu proprio amanhecer
o lusco fusco interior
O sol e a lua seguem inexovarelmente o seu ciclo
e dentro de nós só cabe aceita-los

Há coisas muito maiores que nós,
E nós também somos

E coisas muito menores também,
onde há segredos, detalhes

Tudo está para se revelar
Tudo está para se esconder

Eu morrendo encontro minha propria vida
E a vida maior que rege toda a sinfonia

Esperando não se morre, não se nasce
Estado de espera
Até chegar a hora de vir, de dar-se a luz
Parir

O Eu sou permanece
A vida segue
Morre e nasce

Agora beijo com mais clareza
entendo a dor
vejo a escolha

Minhas escolhas estão de casa nova
casa cheia
meu ser recomeçou
O fruto bendito foi gerado
uma nova semente maturesce
cresce, estremece
Eu gozo, me derramo, me escorro
Arrebento-me
para o novo

O Eu sou inteira e entregue
a ser quem Eu Sou
E já não me importa saber o quê ou porquê

O mundo começa agora
O mundo começa aqui dentro
O novo mundo
A Nova Era.
Era uma vez...
?!
Já passou.

A primeira vez é sempre a ultima chance!


eu buto, tu butas
eu la buto
é labuta
nos aqui butaremos!


A mascara que revela

A mascara que revela